A(s) Estética(s) e a(s)Técnica(s) do Cinema: Documentário
(Artigo originalmente disponível no Boletim Digital de fevereiro de 2021)
A formação sobre Documentário desenvolve-se na continuidade da filosofia de intervenção do Programa Cultural, visando desenvolver um conjunto de estratégias destinadas a aprofundar o conhecimento nos domínios das diferentes formas de arte, por parte dos docentes de todos os ciclos de ensino e de todos os grupos disciplinares, bem como proporcionar o alargamento dos hábitos culturais entre a população escolar.
Neste sentido, este ano privilegia-se a formação docente em cinema, como estratégia para estimular o contacto das crianças e jovens com filmes de natureza diversa e os seus autores. Insere-se numa dinâmica formativa que articula os diferentes saberes específicos da área do cinema e incentiva à reflexão e desenvolvimento de um pensamento crítico, em geral.
Realça-se, assim, a importância da formação em cinema nas suas várias dimensões, as quais incorporam «o ver – o interpretar – o argumentar – o refletir e o experimentar criar», conforme as finalidades descritas no Programa Cultural do Agrupamento.
Agora, deixamos-vos com o que que se passou nas primeiras sessões de formação:
QUEM SOU EU? – foi o desafio que nos fez refletir em quem somos e como somos, especialmente, fez-nos pensar que somos aquilo que vemos, lemos, ouvimos, sentimos, e por isso poderíamos dizer que estamos sempre a ser… Razão tinha Sofia de Mello Breyner quando disse: «De TUDO QUANTO VEJO ME ACRESCENTO».
O difícil exercício sobre «QUEM SOU» ajudou-nos a ver Outros em «TALKING HEADS» (1980), documentário que, possivelmente, nos fez avivar a memória para outras maneiras de dizer e para outras possibilidades de ser.
Depois, fomos levados «PELA PRIMEIRA VEZ» de Octavio Cortazar(1967) a ver como o espetador está no centro e como um filme «(…) tem de tudo» e é «algo muito belo e importante», nas palavras de quem o sentia ali, naquele lugar… com a alegria e a emoção que transpareciam nos olhos brilhantes e sorridentes de homens e mulheres e no cansaço bom das crianças que bocejavam já no fim de «TEMPOS MODERNOS», um filme de Charles Chaplin, no lugar de «Los Mulos», em Cuba. Para nós, PELA PRIMEIRA VEZ, fomos espetadores de um filme dentro de outro filme para, quem sabe, podermos fazer o nosso filme.
Pela «lente» de Abbas Kiarostami em SHIRIN(2008) em que 114 espetadoras (atrizes iranianas e uma francesa) assistem e contam a história de um poema persa do século XII, – invisível para o espetador do filme-, através do desenho das emoções reescritas nos seus rostos, levando-nos para uma plateia «onde o que se escuta não se vê», por estar intencionalmente colocado « fora de campo».
Neste sentido, este ano privilegia-se a formação docente em cinema, como estratégia para estimular o contacto das crianças e jovens com filmes de natureza diversa e os seus autores. Insere-se numa dinâmica formativa que articula os diferentes saberes específicos da área do cinema e incentiva à reflexão e desenvolvimento de um pensamento crítico, em geral.
Realça-se, assim, a importância da formação em cinema nas suas várias dimensões, as quais incorporam «o ver – o interpretar – o argumentar – o refletir e o experimentar criar», conforme as finalidades descritas no Programa Cultural do Agrupamento.
Agora, deixamos-vos com o que que se passou nas primeiras sessões de formação:
QUEM SOU EU? – foi o desafio que nos fez refletir em quem somos e como somos, especialmente, fez-nos pensar que somos aquilo que vemos, lemos, ouvimos, sentimos, e por isso poderíamos dizer que estamos sempre a ser… Razão tinha Sofia de Mello Breyner quando disse: «De TUDO QUANTO VEJO ME ACRESCENTO».
O difícil exercício sobre «QUEM SOU» ajudou-nos a ver Outros em «TALKING HEADS» (1980), documentário que, possivelmente, nos fez avivar a memória para outras maneiras de dizer e para outras possibilidades de ser.
Depois, fomos levados «PELA PRIMEIRA VEZ» de Octavio Cortazar(1967) a ver como o espetador está no centro e como um filme «(…) tem de tudo» e é «algo muito belo e importante», nas palavras de quem o sentia ali, naquele lugar… com a alegria e a emoção que transpareciam nos olhos brilhantes e sorridentes de homens e mulheres e no cansaço bom das crianças que bocejavam já no fim de «TEMPOS MODERNOS», um filme de Charles Chaplin, no lugar de «Los Mulos», em Cuba. Para nós, PELA PRIMEIRA VEZ, fomos espetadores de um filme dentro de outro filme para, quem sabe, podermos fazer o nosso filme.
Pela «lente» de Abbas Kiarostami em SHIRIN(2008) em que 114 espetadoras (atrizes iranianas e uma francesa) assistem e contam a história de um poema persa do século XII, – invisível para o espetador do filme-, através do desenho das emoções reescritas nos seus rostos, levando-nos para uma plateia «onde o que se escuta não se vê», por estar intencionalmente colocado « fora de campo».
Still do Documentário Talking Heads, Gadajace Glowy, 1980.
O documentário pode ser visto em https://youtu.be/cRVncgtT6GE , legendado em inglês.
Ainda tivemos tempo para assistir à «SAÍDA DA FÁBRICA», de Louis e Auguste Lumière, 1895, revisitando os primórdios do cinema e, agora, já conhecedores de alguns conceitos básicos da linguagem cinematográfica, avançámos muito decididos a fazer o nosso «Minuto Lumière.
Antes, iremos até museu do cinema Lumiére em: http://www.institut-lumiere.org/musee/pr%C3%A9sentation.html