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O Lugar às Ideias, por Augusto Batista ( novembro / dezembro 2021)

Um percurso em movimento

Por

Augusto Batista* 


Os alunos que se encontram atualmente no quarto ao de escolaridade iniciaram em 2018/2019 a frequência na nova área curricular de Educação Artística, prevista na matriz curricular do Decreto –Lei n.º 55 de 2018. 
De acordo com as Aprendizagens Essenciais definidas para o 1.º Ciclo, que atualmente abrangem todos os anos de escolaridade, esta área integra as Artes Visuais, a Expressão Dramática/Teatro, a Dança e a Música.
Na realidade o percurso do Agrupamento Vertical Almeida Garrett iniciou-se muito antes, foi em 2011/2012 que participámos no Festival “BIG BANG” no Centro Cultural de Belém / Fábrica das Artes, em parceria com o Ministério da Educação / à época designada «Direção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular» através do Programa de Educação Estética e Artística. Desde este momento, teve início a oferta de ações de formação periódicas que têm envolvido a maior parte dos docentes que passaram pelas diferentes escolas do agrupamento e que certamente tiveram reflexo nas centenas de alunos que são parte integrante deste processo.
Todo este caminho percorrido ao longo dos anos culminou com a criação em 2018/19 do PROGRAMA CULTURAL DO AGRUPAMENTO- LIBERDADE PARA CRIAR, uma aposta de sucesso da direção, que conta com a participação da professora Elisa Marques no desenvolvimento do Programa e na organização das atividades e das ações de formação, que trabalhou na implementação da Educação Artística a nível nacional e com muita experiência acumulada, quando desempenhou funções no Ministério da Educação.
Este programa inovador integra duas componentes fundamentais, a formação dos docentes em contexto de sala de aula e a formação dos alunos que são parte ativa na construção das suas aprendizagens, de acordo com o previsto no estatuto dos alunos à saída da escolaridade obrigatória.
É difícil destacar as ações de formação e as experiências desenvolvidas no âmbito deste programa que conta com parcerias de referência como a fundação AGA KHAN e a Fundação Calouste Gulbenkian, mas só para dar alguns exemplos não poderia deixar de referir as residências artísticas que tiveram lugar nos últimos três anos (nas áreas da música, dança, teatro e artes visuais); a produção de filmes de cinema da animação; o projeto Partis (Praticas Artísticas de inclusão Social) e o Complemento de Educação Artística destinado aos alunos do 2.º Ciclo e que dá continuidade ao trabalho iniciado no ciclo anterior.

*Coordenador do 1.º Ciclo do Ensino Básico