EU PROGRAMO UM FESTIVAL DE CINEMA
A Turma A, do 9.º ano, foi convidada para a iniciativa «EU PROGRAMO UM FESTIVAL DE CINEMA» pelo Festival IndieLisboa, secção IndieJúnior.
Agora já podemos partilhar convosco o resultado das nossas escolhas que poderão ver nas imagens e queremos muito que leiam a nossa entrevista que revela como é que esta experiência foi inédita para nós.
Deixamos-vos com o entrevistador: Rodrigo Filipe e a entrevistada Íris Baessa .
UMA EXPERIÊNCIA QUE FICARÁ PARA A VIDA
Rodrigo Felipe: – Antes de começarmos esta entrevista, gostaria de a informar que a mesma será publicada no Boletim Digital do Agrupamento. Queria também agradecer pela participação e disponibilidade.
Com esta entrevista, queremos entender como foi participar no projeto intitulado “Eu programo um Festival de Cinema”, promovido pelo festival do IndieJúnior e também perceber a sua experiência pessoal ao contribuir para este programa. No fundo, compreender a importância do visionamento dos filmes e de também de ser programador.
Mas primeiro vamos falar um pouco sobre ti. Gostava que te apresentasses aos nossos leitores.
Íris: – Olá! Eu sou a Íris Baessa, tenho 15 anos e estou no 9.º ano, sou fã de cinema prefiro assistir a um filme em vez de ler um livro, gosto de todo o tipo de filmes, mas os que mais assisto é romance e comédia.
RF: – Como foi para ti participar neste projeto, como descreves esta experiência?
Íris: – Adorei mesmo, acho que foi algo mais dinâmico para a turma e pessoalmente gostei dos filmes a que assistimos.
RF: – No total, a turma viu oito curtas-metragens, como foram feitos os critérios de decisão acerca dos filmes que iriam escolher e o seu respetivo alinhamento?
Íris: – Pessoalmente baseei-me nos filmes que cativaram mais a minha atenção, por exemplo o “Vanille”, chamou-me imenso a atenção pela sua história e o cabelo das personagens, entre outros de que gostei imenso está também o “La técnica” que, mesmo não tendo percebido muito a mensagem do filme, chamou-me atenção também por ser “fora do normal”.
RF: – Devido ao facto de não ter sido possível ver todos os filmes durante as aulas previstas para tal, foi proposto que estes fossem vistos durante uma noite de cinema.
Conta-me um pouco como foi experienciar essa noite inédita, o que significou para ti? E o que significou para os teus colegas?
Íris: – Para mim foi uma experiência mais “íntima” com a turma, estávamos todos à vontade e mais “relaxados”, acho que a turma toda gostou da experiência e gostaria imenso que se voltasse a repetir.
RF: – No fundo, esta foi uma experiência enriquecedora e inédita, algo pelo qual os participantes estão extremamente orgulhosos e agradecidos pela oportunidade de participar. Foi sem dúvida uma experiência que ficará para a vida toda.
É com enorme prazer que partilhamos os textos poéticos e narrativos de alguns alunos do 8.º Ano, que a Prof.ª Clara Teles nos enviou, a propósito da atividade «Alunos poetas», cruzando o desenvolvimento da escrita e a observação de imagens.
Quadro na parede da sala
Levanto os olhos do ecrã
E os dedos fogem das teclas
Suspiro de desejo de ondas
E vontade de navegar sem bússolas.
Saio pela madrugada fora
Em busca de peixe e liberdade
Regressarei na alvorada fresca
Se o sol beijar o mar de saudade.
O olho na proa observa-nos
O trabalho e o peixe que salta
Talvez a pescaria seja boa
Se a maré de imaginação for alta.
Trago peixe e restos do mar
Cores alegres, sonhos salgados
Depois, hastear as velas,
Desfazer nós, estamos cansados.
Baixo os olhos para o ecrã
Já não se sente o cheiro a maresia.
Lourenço Vilela, 8.ºC
Trilhei caminhos desconhecidos.
Sabia que não seria fácil.
Mas os lutadores não se deixam vencidos,
mesmo quando o coração é frágil.
Fui à lua, fui a Marte…
Sei que é um disparate…
À minha frente só vejo ruas sem saída
Procuro desesperadamente uma saída
Mas não encontro…
Não encontro porque a minha saída és tu.
E tu também és um desconhecido.
Dentro de mim, uma confusão.
Estou presa numa ilusão.
À tua procura continuarei,
e disto tudo eu sairei!
Alessia Georgescu, 8.ºD
Juntos
Estamos juntos,
protegidos do mundo lá fora.
A ver a água a cair,
o céu a desmoronar.
Estamos juntos,
o manto que nos une
e nos torna mais fortes.
Protegidos do mundo lá fora.
Estamos juntos,
a tristeza ronda a nossa janela,
sempre à espreita.
Mas protegidos somos mais fortes.
A nossa mãe nos aconchega
nos nossos corações,
e da chuva nos proteja
das farpas molhadas lá fora.
Estamos juntos.
Pedro Lajas, 8ºD