EIS QUE DE REPENTE
(originalmente no boletim de setembro / outubro de 2021)
Era sábado. Chegámos à hora marcada e éramos muitos.
Lá dentro, viajamos com alguma expetativa, por entre aqueles espaços, que nos mostram, hoje, a «remota antiguidade».
Percebemos como os diferentes objetos nos fazem ver a História. Relembrámos as nossas sessões na escola com a Maria José Albuquerque e o Mário Antas. Tudo faz mais sentido, agora. A ideia de o «objeto ser um trajeto», que muito nos deu que pensar: de onde veio, os territórios por onde andou, há quanto tempo.
Os nossos olhares percorriam as peças com muitas interrogações. Os meninos e as meninas estavam ávidos de saber, fizeram muitas perguntas.
Sentia-se a serenidade mesclada de um bulício, quando nos contaram as histórias dos Deuses, de muitos que já sabíamos pela voz da Filomena Barata que foi à nossa escola e também dos nossos filmes de animação.
Atentos às façanhas de Héracles que, depois de uma vida atribulada, consultou o «Oráculo de Delfos» que lhe ordenou que fizesse «doze trabalhos». Tal foram os seus feitos… Nem nos «passavam pela cabeça». Lutou com serpentes de três cabeças, javalis monstruosos, desviou rios… nem imaginam…
Ainda espantados com tais proezas, fomos até ao Egipto, «(…) um país simples, luminoso e claro», como escreveu Eça de Queirós em 1869, como se pode ler numa das paredes da sala. Repousávamos um pouco, muito perto das múmias.
E…
«Eis que, de repente», foi como se se abrisse um «cofre do tempo»,
apareceu Anúbis, que nos falou da Deusa Ma’at, deusa egípcia da justiça, da verdade e da ordem cósmica.
Grande susto teve uma professora. Os meninos e as meninas, não. Podem ver o deus Anúbis no filme que aqui vos deixamos.
Se quiserem saber mais, convidamos-vos, crianças e famílias, a irem também connosco ao Museu Nacional de Arqueologia.
Acreditem, foi uma tarde bem passada.
“Um Sábado no Museu Nacional de Arqueologia com as Famílias”.