Na sequência do trabalho desenvolvido a nível da formação de docentes em contexto de trabalho, integrado numa das linhas de orientação do Programa Cultural de Agrupamento – Liberdade para Criar, o plano de formação delineado para este ano letivo integra, entre outras, duas ideias fundamentais para o desenvolvimento da Educação Artística no Agrupamento de Escolas Almeida Garrett. Por um lado, consiste em aprofundar os conhecimentos básicos das diferentes áreas artísticas já apreendidos, através de diferentes subprogramas, nos quais os docentes possam, de um modo planeado, intencional e sistemático, continuar a trabalhar os saberes destas áreas. 
Por outro lado, procura-se ensaiar metodologias que levem à experimentação de «Cruzamentos Disciplinares», nos quais as fronteiras dos saberes se esbatam, não só pelo que têm de semelhante, mas também pelas suas diferenças. Diferenças essas, que tanto podem estabelecer zonas de conexão, como podem criar zonas de «confronto». Estas zonas não têm apenas uma direção: vertical ou horizontal, mas sim, podem e devem ser substituídas “(…) por um fluxo que pode tomar qualquer direção, sem hierarquias definidas de antemão (…). [GALLO, 2002]; ou seja: a noção de transdisciplinaridade, neste contexto, não se deve confundir com a justaposição de saberes que se vão somando, mas sim, deverá ter em conta a procura de aproximações e de relações que se estabelecem na sua diversidade, criando confluências entre temáticas e/ ou conceitos, sem, evidentemente, menosprezar as especificidades das diferentes áreas. Trata-se, sobretudo, de criar realidades «novas» e não apenas adicionar conteúdos. E é com base neste pressuposto que propomos «A(s) Cidade(s) como Laboratórios de Aprendizagem, como se nos levassem para vários sítios, nos «dessem a ver» múltiplos caminhos que se entrecruzam, sem sabermos aonde vão parar.