O MEU PRIMEIRO PROJETO DE CURADORIA


O MEU PRIMEIRO PROJETO DE CURADORIA
O trabalho que partilhamos convosco foi realizado pelas turmas do 5.ºB e C, precisamente, aquelas que, no âmbito do CEA estão a aprender a fazer a «montagem» de uma exposição.
Para nos explicar como é desenvolvido este trabalho, fica o convite à leitura do texto de Fátima Veleda.
Como todos os projetos, o primeiro projeto de Curadoria das turmas B e C do 5.ºano, resultaram de um processo com várias etapas.
“O que entendem por Curadoria?”, “Quais as funções de um curador?”. Estas duas questões deram início a todo o processo. Era importante ouvir os alunos e levá-los a apropriarem-se do significado correto do conceito no contexto das artes, bem como a conhecerem o que implica o exercício da mesma.
Visitar museus afigurou-se relevante. Sabíamos que os alunos se iriam deparar com muita informação, beleza e história, e por isso pedimos-lhes que se focassem e registassem nos seus “Diários Gráficos” [o modo] como os objetos estavam expostos. Chamámo-los também à atenção para a importância da observação dos espaços circundantes, em que se encontravam fichas técnicas e textos que servem para contextualizar o que está a ser visto. Com estes objetivos realizámos várias visitas virtuais a museus portugueses e estrangeiros e algumas em contexto físico.
Posteriormente, considerámos importante que os alunos colocassem em prática o que haviam aprendido e propusemos-lhes um exercício de Curadoria realizado com caixas, esferas e espelhos. Divididos em grupos, os alunos tiveram de organizar os objetos, tendo o trabalho em equipa tido um papel fundamental.
Estava então na altura de dar início ao 1.º Projeto de Curadoria das turmas que compreenderam as seguintes fases: Planificação (escolha do local e do modo de expor, bem como dos materiais a utilizar); Pintura dos CDs com formas geométricas; Composições, em folhas de acetato, de elementos geométricos (linhas retas, curvas, paralelas, concorrentes,); Montagem da exposição.
Ao longo deste projeto, os alunos tiveram oportunidade de trabalhar fora da sala de aula onde, sentados no chão, com muito entusiasmo e alegria, refletiram sobre a melhor forma de organizar os seus objetos e montar a exposição. Ouviram e aprenderam a respeitar a opinião dos outros, experimentaram e voltaram a fazer, porque só fazendo se pode errar e com os erros podemos aprender e evoluir. Foram assim organizando os objetos no espaço, distribuindo-os de uma forma equilibrada.
Sem se aperceberem, os alunos cruzaram a arte, a matemática e as ciências naturais, representando-a em suportes, diferentes dos habituais, que foram “suspensos” no ar.
Enriqueceram-se, assim, os seus horizontes conceptuais e imagéticos, contribuiu-se para a evolução do seu sentido estético, bem como do modo como valorizam as questões artísticas.
