(originalmente publicado no boletim de julho de 2023)

Por
Elisa Marques* 
 
Mais um ano chegou ao fim. Reconforta-nos ir de férias  imbuídos da alegria das crianças e do seu empenho na realização das atividades partilhadas neste Boletim e de tantas outras que neste espaço não couberam. Reconforta-nos as memória destes meses, passados com todos os docentes, que tal como as crianças, manifestaram uma enorme alegria, entusiasmo e disponibilidade ao longo do percurso, cansativo mas reconfortante. Essencialmente, construíram connosco outros modos de estar na educação e nas artes. A alegria e a motivação das crianças e jovens não nos podem deixar indiferentes, numa escola onde as artes tenham valor em si mesmo.
Falamos pelas vozes de tantos que sentiram que vale a pena desafiar estereótipos educacionais e artísticos, percorrer caminhos ainda não conhecidos para todos, mas que há muito esperam que as crianças neles possam passar. 
Falamos, assim, de tantos «mitos», que de tantas vezes repetidos, assumem um caráter de verdades absolutas, e ocupam o espaço das perguntas que todos deveríamos formular sobre nós próprios, sobre  a escola que queremos.
Agrada-nos saber que somos muitos a ter vontade de ir mais além  de um quotidiano que, por vezes, cansa. Seja na escola, seja na vida.