INVENTAR POSSIBILIDADES PARA O QUE SE "DÁ A VER"
(Originalmente publicado em setembro/outubro 2023)
Na sequência do trabalho desenvolvido ao nível da formação de docentes – uma das linhas de orientação do Programa Cultural de Agrupamento – Liberdade para Criar, optámos, este ano letivo, por dedicar um espaço de reflexão sobre as relações entre «Pedagogia e Curadoria», áreas que consideramos fundamentais para a continuidade do desenvolvimento da Educação Artística no Agrupamento de Escolas Almeida Garrett.
Sabemos que, ao longo de vários anos, o papel atribuído às exposições em contexto escolar tem constituído uma matéria de interesse por parte dos docentes. Contudo, nem sempre tem contribuído para uma reflexão aprofundada, quer em termos das práticas pedagógicas, quer em termos de vivências estético-artísticas na concretização dos diferentes modos de «dar a ver» processos e produtos realizados pelos estudantes.
Quando nos debruçamos de um modo mais atento sobre esta problemática, várias perguntas podem emergir para as quais nem sempre temos caminhos a apontar….
Quantas vezes nos questionámos por que queremos expor os trabalhos dos estudantes? Quais os sentidos do que se expõe? Qual a relação entre os conteúdos trabalhados e os seus «modos de expor?»
Parece-nos, pois, uma vasta problemática sobre a qual a curadoria, enquanto modos de «dar a ver», e a Pedagogia, enquanto um conjunto de processos e de práticas de tornar acessíveis os conhecimentos, terão de abrir espaços de questionamento que facilitem a construção de novas abordagens entre os conteúdos trabalhados, os trabalhos resultantes e as diferentes formas de os «dar a ver», possibilitando um trabalho reflexivo dos docentes, para que as Exposições ou Mostras em contexto escolar não sejam um exercício decorativo e ilustrativo de um qualquer tema trabalhado ao serviço, algumas vezes, de «encomendas» pessoais ou institucionais.
Tendo como base este quadro de análise, os docentes, ao longo deste percurso formativo, serão convidados a desenvolver conhecimentos de diferentes áreas curriculares, e, simultaneamente, ensaiar metodologias de expor os objetos de acordo com fundamentos e critérios, a partir dos quais, possam, de um modo planeado e intencional, inventar múltiplas razões e configurações para o que se «dá a ver».
Quando nos debruçamos de um modo mais atento sobre esta problemática, várias perguntas podem emergir para as quais nem sempre temos caminhos a apontar….
Quantas vezes nos questionámos por que queremos expor os trabalhos dos estudantes? Quais os sentidos do que se expõe? Qual a relação entre os conteúdos trabalhados e os seus «modos de expor?»
Parece-nos, pois, uma vasta problemática sobre a qual a curadoria, enquanto modos de «dar a ver», e a Pedagogia, enquanto um conjunto de processos e de práticas de tornar acessíveis os conhecimentos, terão de abrir espaços de questionamento que facilitem a construção de novas abordagens entre os conteúdos trabalhados, os trabalhos resultantes e as diferentes formas de os «dar a ver», possibilitando um trabalho reflexivo dos docentes, para que as Exposições ou Mostras em contexto escolar não sejam um exercício decorativo e ilustrativo de um qualquer tema trabalhado ao serviço, algumas vezes, de «encomendas» pessoais ou institucionais.
Tendo como base este quadro de análise, os docentes, ao longo deste percurso formativo, serão convidados a desenvolver conhecimentos de diferentes áreas curriculares, e, simultaneamente, ensaiar metodologias de expor os objetos de acordo com fundamentos e critérios, a partir dos quais, possam, de um modo planeado e intencional, inventar múltiplas razões e configurações para o que se «dá a ver».