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HERÓIS E VILÕES NA BANDA DESENHADA

"Heróis e Vilões na Banda Desenhada" (pormenor). Foto de António Limpo.

A exposição HERÓIS E VILÕES NA BANDA DESENHADA foi um trabalho em colaboração entre o grupo de curadoria da escola e as crianças do 6.º ano, turmas B e C. Feita a partir de livros e revistas gentilmente cedidos por Augusto Magalhães, docente de História e colecionador de banda desenhada, pretende trabalhar a ideia do livro, como objeto expositivo, pelo que não foi seguida qualquer linha cronológica, nem autores e personagens da banda desenhada, em específico. Quisemos criar um ambiente fantástico para ver quem é o herói que é capaz de mergulhar naquele poço fundo, feito de espelhos e de fios, numa estrutura de metal onde foram pendurados livros e revistas de banda desenhada que nos levam nas viagens aos mundos do Tintim, de Asterix e Obélix, de Lucky Luke, de Spirou, de Tarzan, entre outros. Sobretudo, quisemos mostrar o «objecto-livro», neste caso de Banda Desenhada, exposto em núcleos e estruturas, de modo a mostrar que há maneiras de trabalhar as exposições em espaço escolar de outras formas, optando por soluções que despertem a curiosidade, ou simplesmente possam provocar os nossos olhares.
A par destas opções expositivas, HERÓIS E VILÕES NA BANDA DESENHADA serviu de leitmotiv para o debate com as crianças destas duas turmas, as figuras do «herói » e do «vilão», como construções sociais.
Será que o vilão é sempre vilão, e o herói é sempre o ser mítico pleno de bondade e feito de superpoderes?
Rapidamente, ainda que, sem dominaram as ideias sobre heróis e vilões, que foram construídas ao longo da história, as crianças, cautelosamente, foram desenvolvendo os seus argumentos à volta da ideia de que ninguém é sempre herói, nem sempre vilão. Mas, certo é, que o fascínio que «cultivam» pelos seres que supõem ter características excecionais, não é facilmente abandonado. Afinal, são mil aventuras fantásticas às quais não passamos indiferentes. Nem nós, nem as crianças.
Por isso, é sempre importante refletir, nem que seja à volta de livros instalados em suportes inéditos que os espelhos nos fazem ver de outra maneira.
Aqui está uma boa razão para a questão colocada no texto:  SIM, JÁ LÁ VÃO MUITOS SÉCULOS…, que tiveram oportunidade de ler na rúbrica Formação
Antes de terminar, deixamos-vos com UMA VISITA DESENHADA:  um olhar 

de 
Leonor Siva*

No final do dia, o professor de História levou-nos a conhecer a exposição “Heróis e Vilões” de Banda Desenhada (BD), que se encontra  no átrio da secretaria da escola. 
 Ao chegar, deparámo-nos com vários livros de Banda Desenhada pendurados de uma forma criativa, juntamente com espelhos. Recordo-me de um, que olhado de cima, refletia os livros em cima de nós. O que era curioso, porque quando olhávamos para a estrutura de ferro onde estavam algumas das BD não conseguíamos ver esses livros, apenas se olhássemos para o espelho.
Na coleção do professor, havia Bandas Desenhadas antigas como o Tintim e o Astérix e Obélix. Foi muito interessante ver algumas delas, até porque só as conhecia pelo nome, nunca tinha tido a oportunidade de ter uma  na mão.
O professor também nos explicou que há muitos leitores que gostam mais dos vilões do que dos heróis. O que é uma perspetiva engraçada de se analisar, já que ninguém é sempre herói, até mesmo os grandes heróis erram.
Foi muito inspirador conhecer as mais variadas Bandas Desenhadas, saber mais sobre cada uma delas e, pessoalmente, saber que não sou a única que prefere os vilões aos heróis.
Então…
se tens um tempinho livre na escola, passa por lá! Prometo que sairás a saber, pelo menos, um bocadinho mais sobre BD.

  *9ºano, turma D. 

"Heróis e Vilões na Banda Desenhada" (pormenor). Foto de António Limpo.

Capas de Banda Desenhada. Action Comics; Tintin em Rumo à Lua; “O Cavalo de Tróia” e “O Porto dos Loucos”.

Curadoria CEA. Pranchas desenhadas pelas crianças (pormenor).