
Professores : Ana Reis | Rita Silva | Jorge Prata | Raquel Velez | Sofia Firmino | Ana Guerreiro
EB 1/JI Alfragide | EB 1/JI Quinta Grande | Agrupamento Vertical de Almeida Garrett
Entrevistas realizadas por António Limpo e Elisa Marques | junho de 2021
Durante o mês de maio realizaram-se oito Residências Artísticas (Teatro, Música, Dança e Cinema de Animação), nas escolas EB1/JI de Alfragide e da Quinta Grande.
Além da experimentação das várias linguagens artísticas pelas crianças, estes momentos constituíram-se numa outra modalidade formativa, procurando sedimentar conhecimentos das formações que os docentes tiveram ao longo de dois anos e potencializar o trabalho do próximo ano letivo.
Fomos saber como os docentes encararam estes momentos formativos, através da reflexão de três aspetos, designadamente:
- A relação do trabalho realizado na Residência Artística (dança, música, teatro, cinema de animação) com a formação no âmbito das artes, efetuada ao longo dos três últimos anos, no agrupamento;
- Desenvolvimento do trabalho em contexto de sala de aula, até ao final do ano, e para o próximo ano letivo.
- A relação entre a ideia de que as artes permitem às crianças apenas a exteriorização dos seus sentimentos e emoções e a arte vista como forma de conhecimento, tal como é feito nas demais áreas do saber.
Podem ouvir, no ficheiro áudio , os seus contributos sobre estas questões, no entanto destacamos, por escrito, algumas ideias-chave que estes nos deixam:
- A importância da proximidade com os profissionais das artes;
- As artes com igual valor às demais áreas do currículo;
- A aposta na formação dos docentes nestas áreas;
- A facilidade em perceber melhor o que se fazia nas diferentes áreas, após a formação;
- A facilidade, o interesse e o entusiasmo das crianças ao experienciarem estas áreas;
- A facilidade com que as crianças aprendem os saberes específicos de cada uma das áreas, a partir de atividades de experimentação;
- O enriquecimento na educação artística pelo desenvolvimento de um trabalho sistemático;
- Os «mundos possíveis» e «outros olhares» que se abrem para crianças, docentes e famílias;
- Continuidade destas áreas nos planos de trabalho para o próximo ano letivo;
- O desenvolvimento do gosto pelas artes em geral e o incentivo ao alargamento dos universos culturais de todos (crianças, pais e os professores);
- A necessidade do aprofundamento do trabalho na educação artística e não ficar apenas por um trabalho de uma semana;
- Aprofundamento de uma mudança de «(…) paradigma centrado na aprendizagem de competências e de saberes artísticos, além da expressão que vem de dentro das crianças, tendo em conta, obviamente, as conceções das crianças, o seu ponto de partida, mas procurando sempre criar aprendizagens (…).
- A possibilidade de exercitar a transversalidade entre saberes;
- O conhecimento de diferentes universos culturais, como modo de conhecer e de permitir fazer escolhas.
Deixamos-vos, então, com as vozes dos docentes Ana Reis, Jorge Prata, Sofia Firmino, Ana Guerreiro, Raquel Velez e Rita Silva das escolas EB1/JI de Alfragide e da Quinta Grande.
Os nossos agradecimentos pela disponibilidade, interesse e entusiasmo que manifestaram. Um agradecimento especial para os coordenadores de estabelecimento Augusto Batista e Rosa Oliveira, pela cooperação permanente neste trabalho.