C(IDADES), CONTOS E BON(ECOS)?

C(IDADES) , CONTOS E BON(ECOS)?
Desde o início do ano, os docentes da educação Pré-escolar e do 1.º ciclo têm vindo a desenvolver, de um modo sistemático, atividades integradas em subprogramas, no âmbito da Educação Artística.
Estes subprogramas cruzam, intencionalmente, saberes disciplinares, ideias e pontos de vista, partilham conhecimentos , dão voz às crianças na cocriação de conteúdos. São múltiplos e de natureza diversa, que intersectam a realidade do dia-a-dia da escola com a produção de novos conhecimentos.
Vamos, a partir desta edição, partilhar algumas das iniciativas curriculares desenvolvidas com os grupos das várias escolas. Hoje, deixamos-vos algumas imagens, com a síntese de três subprogramas, designadamente

– AS NOSSAS CIDADES, um trabalho desenvolvido na turma do 4.ºano A, da responsabilidade do prof. Jorge Prata (EB1/JI Alfragide), que parte da leitura d´As Cidades Invisíveis de Italo Calvino, feita pelo professora Graça Gerardo, para a pintura, desenho, performances, dessas outras cidades pensadas pelas crianças nas Artes Visuais e Outras Coisas Mais, em sessões orientadas por Elisa Marques .

– ORA AGORA CONTAS TU, ORA AGORA CONTO EU, um trabalho desenvolvido nas turmas A e B do 3.º e turma A do 4.ºano, da responsabilidade, respetivamente dos docentes Vera Silva, Álvaro Teixeira e Claúdia Santos, da EB1/JI do Alto do Moinho, a partir dos contos de Irene Lisboa: AI…AI…, O MEDO e O VENTO, lidos, contados pelos professores, pintados e transformados em cinema de animação, com a orientação, respetivamente de Elisa Marques e António Limpo.
Deixamos-vos também com algumas imagens dos contos pintados com cores ao contrário. Sim, este foi um desafio enorme, pois, as crianças foram convidadas a virar do avesso as cores, ou seja, os castelos podiam ser de todas as cores, o medo podia ser branco, preto, azul, vermelho, os telhados azuis, as janelas multicolores, montanhas cor de rosa, muros às riscas amarelas, o vento, esse podia ser pintado de verde, amarelo. Sim, tudo podia ser pintado com as cores ao contrário.
As crianças divertiram-se e sentiram que podiam pintar as suas ideias com as cores que quisessem, exceto com aquelas com que costumam pintar…
Ficámos todos muito entusiasmados.


– FALAR PARA O BONECO, um trabalho na área do teatro, desenvolvido na turma A do 2.º ano da EBI/JI do Alto do Moinho, da responsabilidade da docente Rita Silva, a partir das conversas das crianças com os seus bonecos.
O objetivo central é levar as crianças a cocriar um enredo/ argumento para uma peça de teatro, que irão, posteriormente, partilhar com as famílias e, quem sabe, pô-las também a FALAR PARA O BONECO.
Já contaram ao boneco tantas coisas: coisas tristes, alegres, já se zangaram com eles, fizeram tantas perguntas, disseram tantos segredos e já lhes ensinaram algumas coisas… já nos rimos à gargalhada.
Deixamos-vos com um dos últimos segredos ditos ao ouvido de um boneco:
– NÃO DIGAS À MÃE QUE EU ARRANQUEI UMA FLOR AMARELA DO QUINTAL.
